Criado em 5 de julho de 1961, pela Resolução nº 2 do Conselho Federal de Farmácia, iniciou suas atividades em 23 de agosto do mesmo ano, com a posse da primeira diretoria. O CRF/MG zela pela fiel observância dos princípios da ética e da disciplina dos que praticam atividades farmacêuticas em Minas Gerais. Como ações complementares, promove atividades que visam contribuir para a melhoria da Saúde Pública e da Assistência Farmacêutica, estimulando a unidade da categoria e executando programas de atualização e capacitação do farmacêutico. |
Esse espaço é dedicado a todos os presidentes do Conselho Regional de Farmácia do estado de Minas Gerais, farmacêuticos que empenharam tempo de suas vidas para o fortalecimento e valorização dessa profissão milenar. Em 11/11/1960, por meio da Lei 3.820, foi criado o Conselho Federal de Farmácia, que, em 5 de julho do ano seguinte, publicou a Resolução nº 2, criando os 10 primeiros Conselhos Regionais de Farmácia e coube ao estado de Minas Gerais o número 6, sendo denominado CRF-6 até 1989. Nesses 60 anos, o CRF/MG foi presidido por 21 farmacêuticos, sendo sete mulheres e 14 homens. E todos se dedicaram para que esse Conselho pudesse ser chamado, de fato, a Casa do Farmacêutico mineiro! “Farmacêuticos, em todos os tempos e lugares, trazem mesmo lições de amor às pessoas. Aliás, para o Farmacêutico, amar não é apenas o verbo transitivo direto que se aprende a conjugar, nas escolas...” Carlos Drummond de Andrade, Poeta e Farmacêutico |
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Autor: Islou Silva
CRF/DF: 1.123
A cura do homem no passado
Que por meio de ungüentos se dava
Foi pelo eterno Hipócrates
Do tempo dos deuses tirada
Da inesgotável fonte de Deus
O homem de remédios se proveu
Dos fartos recursos naturais
Com sabedoria se serviu
Oh, que herança inaudita
Farmácia, ciência milenar
De Galeno as antigas boticas
Vieram a dor do homem minorar
Ergo os meus olhos bem alto
E contemplo a missão do saber
Que melhora a vida do homem
E com prazer o ajuda a viver
Da grande missão da ciência
Serei sempre um forte aliado
Em busca de conhecimento
Com a ética sempre ao meu lado
Carrego pra sempre em meus ombros
A intrépida vontade de vencer
E cultuo no meu coração
O afã da cura nos trazer
Surgimento das boticas
A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir d século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais. Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e armazenamento dos medicamentos. Com um grande surto de propagação da lepra, Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, ampliou o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da médica e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início à separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura.
Formação farmacêuticaNo século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. Em 1777, Luis XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. Naquela época, a obtenção do diploma de farmacêutico exigia estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não fosse considerado de nível universitário. Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é estendido para toda a Europa. No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças. Com o tempo, foi implantada no mundo a indústria farmacêutica, e, com ela, novos medicamentos são criados e estudos realizados em velocidade espantosa.Os maiores conhecimentos em fisiologia e toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios farmacêuticos. Inicia-se um grande processo de mudança na profissão.
Primeiro boticário do BrasilO boticário no Brasil surgiu no período colonial, quando medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica.O primeiro boticário no Brasil foi de Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza. Isso só aconteceu após a coroa portuguesa decretar que, no Brasil, o acesso ao medicamento só aconteceria se nas expedições portuguesas, francesas ou espanholas houvesse um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.
Século XXDurante a 1ª Guerra Mundial (1914 - 1919), desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. E no período da 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros antineoplásicos. A industrialização em ritmo crescente torna o fármaco um produto industrial, aliado às mudanças da sociedade de consumo e, ainda, objeto de interesses econômicos e políticos. Como conseqüência, são feitos enormes investimentos publicitários que atribuem ao medicamento a solução para todos os problemas.A sociedade, a partir de 1950, começa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.
A cobra enrolada na taça é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica e tem origem na Antiguidade Grega. Segundo literaturas antigas, a taça representa a cura. Já a serpente representa o poder, a ciência, a sabedoria e a transmissão do conhecimento. |
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No Brasil, o Conselho Federal de Farmácia, por meio da Resolução nº 471 de 28 de fevereiro de 2008, estabelece o Topázio Imperial Amarelo como a pedra oficial da profissão. É uma pedra preciosa que significa sabedoria, ativando o intelecto, a comunicação, a concentração, a disciplina, a atenção aos detalhes e a harmonia do todo. |
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