Os farmacêuticos em atuação no Brasil são jovens, atuam em sua grande maioria em farmácias comunitárias e em 30% dos estabelecimentos contam com espaço para atendimento clínico ao paciente. A maioria é formada por mulheres (67,5%), mas, como ocorre na população em geral, elas ganham menos que os homens. As regiões que melhor remuneram os profissionais não são as mais representativas economicamente (Norte e Centro-Oeste). Nestas regiões, o porcentual de farmacêuticos com remuneração mensal superior a R$ 5 mil representa quase o dobro do verificado nas regiões Sul e Sudeste.
Esses dados fazem parte de uma pesquisa inédita lançada na tarde desta quarta-feira, dia 30 de março, pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Intitulada O Perfil do Farmacêutico no Brasil, da pesquisa foi apresentada durante a 62ª Reunião Geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e conselhos regionais, em Brasília. Coordenada pelo vice-presidente do CFF, Valmir de Santi, o estudo foi realizado pela equipe da Assessoria Técnica do CFF, com a colaboração de farmacêuticos convidados.
Os dados apurados na pesquisa foram coletados entre setembro e novembro de 2014. Para facilitar a participação, o CFF optou a internet, um meio de comunicação ágil e de livre acesso. Na época, existiam no país, 180 mil farmacêuticos atuando em diversas áreas de conhecimento. Cerca de 20 mil atenderam ao chamado do conselho e responderam o questionário, divulgado no site, por e-mail e em redes sociais. O número de participantes representa mais de 10% do público-alvo da pesquisa, garantindo a credibilidade e a aplicabilidade dos resultados.
“O Perfil do Farmacêutico no Brasil representa uma contribuição do CFF para nortear a busca das mudanças necessárias na realidade da profissão e da classe farmacêutica no país”, comenta o coordenador do projeto, Valmir de Santi. “Trata-se de um estudo de suma importância, por seu ineditismo e por colocar em pauta questões fundamentais na definição de ações estratégicas voltadas ao atendimento dos interesses da categoria e dos usuários de medicamentos e serviços farmacêuticos”, acrescenta o presidente do conselho, Walter da Silva Jorge João.
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