O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, participou na terça-feira, dia 2 de agosto, das atividades de abertura do 6º Congresso Brasileiro do Varejo Farmacêutico (Conbrafarma). Em sua fala, durante o Encontro de Lideranças, Walter da Silva Jorge João foi fortemente aplaudido ao fazer a defesa da atuação clínica do farmacêutico nas farmácias comunitárias, em ambiente adequado a isso. A Lei nº 13.021/14 lista uma série de serviços que o farmacêutico tem atribuição de prestar ao paciente. E onde ele vai executá-los? No balcão?”
A legalidade do consultório farmacêutico nesses estabelecimentos foi questionada pelo presidente executivo da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), Renato Tamarozzi. Ele foi um dos primeiros a falar, juntamente com o presidente da Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro (Ascoferj), Luiz Carlos Marins. Embora seja representante do varejo farmacêutico, Renato Tamarozzi, disse – após suas considerações a respeito das resoluções do CFF sobre as atribuições clínicas do farmacêutico e a prescrição farmacêutica –, que “o consultório farmacêutico fere os interesses da categoria médica”.
Walter da Silva Jorge João apresentou dados consistentes sobre a viabilidade técnica, sanitária e econômica do consultório farmacêutico, cuja definição foi dada pela Resolução CFF n° 585/13. “As pessoas buscam resolutividade para seus problemas de saúde, e mais do que nunca, com a publicação da Lei nº 13.021/14, os pacientes devem considerar a farmácia como local para atender a esta demanda. Não é possível pensar em farmácia com a subutilização da força de trabalho do farmacêutico”, reforçou o presidente do CFF, que, na semana passada, entregou ao presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, o documento com propostas de alteração da RDC n° 44/2009, visando à atualização da norma, incluindo no que diz respeito à implementação do consultório farmacêutico. Jarbas Barbosa declarou que a atualização é necessária e que a Anvisa está aberta às sugestões apresentadas.
O documento entregue à agência é fruto do consenso entre as entidades farmacêuticas e a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Ao contrário da ABCFarma, a entidade compreende a importância da atuação clínica farmacêutica como fator agregador para os seus negócios e criou um programa para incentivar o protagonismo dos profissionais no cuidado aos pacientes. Os consultórios farmacêuticos já foram implantados em 350 estabelecimentos de redes filiadas.
Realizado pelo Instituto de Desenvolvimento do Varejo Farmacêutico (IDVF), o 6º Conbrafarma acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, se encerrando hoje, dia 3. A solenidade de abertura foi presidida pelo presidente do IDVF, Vinicius Pedroso, que destacou a importância do evento para o segmento do varejo farmacêutico. “O Conbrafarma pretende impulsionar empreendedorismo e inovação”, disse. Também deu as boas-vindas aos participantes, a diretora técnica do Instituto, Ana Paula Ribeiro da Costa. Também participaram da mesa de abertura, o presidente da ABCFarma, Pedro Zidoi, o deputado federal Walter Ihioshi e o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
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