A conta da farmácia vai ficar mais alta a partir do próximo mês, devido ao reajuste do valor dos remédios, para acompanhar o índice da inflação, autorizado pelo governo anualmente. Com determinação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o aumento será divulgado até o final de março e passará a valer no dia seguinte da publicação. A CMED é o órgão do governo que determina o tamanho dos reajustes e regula os valores do mercado farmacêutico.
Na estimativa da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o aumento dos remédios deve ser de 4,76%, mesmo número do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação, nos últimos 12 meses. Como há grande concorrência entre as farmácias, o consumidor pode não sentir automaticamente o reajuste, mas é importante ficar atento aos preços finais.
É o que pretende fazer a confeiteira aposentada Eliete Cardoso Alves, 72 anos, de Alvorada. Ela depende de diversos medicamentos para manter a saúde e ficou preocupada ao saber do próximo reajuste:
— A gente entra na farmácia sem saber quanto vai dar, porque sempre aumenta.
Como poupar
Para economizar nos medicamentos, que lhe custam R$ 180 mensais atualmente, a dica de Eliete é pesquisar preços em diferentes farmácias antes de comprar.
— Já que eu não pago mais passagem de ônibus, é mais fácil bater perna por aí atrás do mais barato — recomenda.
Mas atenção se a ideia for comprar várias caixas do medicamento de uso contínuo antes da subida de preço. Preste atenção nas datas de validade. A armazenagem também precisa ser correta (confira a bula para ver as instruções).
— Não aconselhamos ter uma farmácia em casa e fazer estoque de medicamentos — esclareceu o coordenador técnico científico do Conselho Federal de Farmácia, José Luis Miranda Maldonado.
Para garantir desconto, é importante estar atento a programas de fidelização das fabricantes, que fornecem descontos na compra para clientes cadastrados no site. As farmácias populares, do governo federal, oferecem diversos medicamentos gratuitamente mediante a apresentação da receita médica. Veja os remédios disponíveis.
Dicas para economizar em medicamentos
Antes ou depois do aumento, vale a pena ficar atento a dicas para economizar na compra dos remédios. Confira as que o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira dos Educadores Financeiros (Abefin), recomenda para poupar:
— Peça ao médico, pelo menos, três opções de laboratórios diferentes para o remédio que ele indicar.
— Pesquise preços na internet e nas farmácias de rua.
— Separe um tempo para fazer esta pesquisa, não comprando o que precisa na primeira farmácia pela qual passar.
— Informe-se com os laboratórios que fabricam os remédios que você usa sobre programas de fidelidade.
— Busque medicamentos em farmácias populares.
— Prefira medicamentos genéricos.
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