Até o último dia 27, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram confirmados 2.798 casos do novo coronavírus (2019-nCoV) no mundo. Destes, 2.761 (98,7%) foram notificados pela China. No Brasil, Ministério da Saúde confirmou que investiga três casos suspeitos do novo tipo de coronavírus (2019-nCoV). Os pacientes apresentam sintomas previstos no protocolo de atendimento à doença e são monitorados. Os registros são em Belo Horizonte (MG), São Leopoldo (RS) e Curitiba (PR).
Com esses novos casos em investigação, o ministério elevou a classificação de risco do Brasil para o nível 2, que significa "perigo iminente" - até segunda-feira (27) o país estava em nível 1 de alerta.
Em Belo Horizonte, uma jovem de 22 anos está internada com suspeita de contaminação pelo vírus. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, ela desembarcou na capital mineira na última sexta-feira (24) com problemas respiratórios e febre. A jovem esteve em Wuhan, cidade chinesa em que o coronavírus começou a se espalhar.
Desde o dia 22 de janeiro, está em funcionamento o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para o novo Coronavírus (COE-nCoV). A ativação desta estratégia está prevista no Plano Nacional de Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde (http://bit.ly/ planoderespostaemergencia).
Confira principais perguntas e respostas sobre coronavírus com informações do boletim epidemiológico Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública | COE-nCoV, do Ministério da Saúde.
O que é o coronavírus?
Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve diretamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à subfamília taxonómica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os coronavírus encontra-se também o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave.
Como se dá a incubação e período de transmissão?
O período médio de incubação da infecção por coronavírus é de 5 dias, com intervalo que pode chegar até 16 dias. A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. Até o momento, não há informação suficiente de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas que uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.
Quais são os principais sinais e sintomas?
Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. Esses vírus algumas vezes podem causar infecção das vias respiratórias, como pneumonia. Em casos graves, a doença pode causar síndrome respiratória aguda grave e insuficiência renal.
Como é feito o diagnóstico?
Ele pode ser feito clínica e laboratorialmente. O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal É recomendável que todos os casos de síndrome gripal seja questionado o histórico de viagem para o exterior ou contato próximo com pessoas que tenham viajado para o exterior. De uma forma geral, o espécime preferencial para o diagnóstico laboratorial é a secreção da nasofaringe (SNF) O diagnóstico laboratorial específico para Coronavírus inclui as seguintes técnicas: Detecção do genoma viral por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real e Sequenciamento parcial ou total do genoma viral. No Brasil, os NICs, farão o RT-PCR em tempo real e o sequenciamento através da metagenômica nos laboratórios parceiros do Ministério da Saúde.
Como ocorre a transmissão?
· Por meio de tosse ou espirro;
· Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
· Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido então de contato com a boca, nariz ou olhos.
· Em 2020, análises indicaram que o 2019-nCoV (novo coronavírus) pode ter passado de um animal para o ser humano. Entre humanos, a forma mais comum de contágio é pelo ar.
Quais são as principais recomendações de prevenção?
· Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos.
· Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
· Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
· Evitar contato próximo com pessoas doentes.
· Ficar em casa quando estiver doente.
· Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
· Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
· Cozinhar bem carnes e ovos.
Como é feito o atendimento e tratamento aos pacientes?
Até o momento não há medicamento específico para o tratamento da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). No entanto, medidas de suporte devem ser implementadas. No atendimento, deve-se levar em consideração os demais diagnósticos diferenciais pertinentes e o adequado manejo clínico. Em caso de suspeita para Influenza, não retardar o início do tratamento com Fosfato de Oseltamivir, conforme protocolo de tratamento de Influenza: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/protocolo_tratamento_influenza_2017.pdf
Com informações da OMS e Ministério da Saúde.
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