Farmacêuticos devem estar preparados para orientar a população sobre a imunização da Covid-19

Comunicação CRF/MG - 14/12/2020 às 16:30:57

Farmacêuticos devem estar preparados para orientar a população sobre a imunização da Covid-19

No sábado, 12/12, o Governo Federal anunciou o Plano Nacional de Operacionalização (PNO) Contra a Covid-19 , após requisição do Supremo Tribunal Federal, que tem previsão de imunizar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021. 

O Plano estabelece as ações e estratégias para a operacionalização da vacinação e apresenta a população-alvo e grupos prioritários para a imunização. Na operacionalização, os farmacêuticos exercerão papel fundamental para a eficiência do PNO. Em boa parte dos municípios brasileiros, o farmacêutico é o responsável pela garantia da qualidade e logística de abastecimentos de medicamentos e insumos, incluindo as vacinas.

O país tem um especial histórico de expertise em política de imunização, uma importante Rede de Frios nacional que pode chegar a 50 mil postos de vacinações em períodos de campanha, viabilizando a adequada logística das, aproximadamente, 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídas anualmente pelo Plano Nacional de Imunização, para o alcance da cobertura vacinal em todo o território nacional.

Fases

Segundo o Plano do Governo, o Brasil já garantiu 300 milhões de doses de vacinas Covid-19 por meio dos acordos, sendo da Fiocruz/AstraZeneca 100,4 milhões de doses, até julho/2020, e mais 30 milhões de doses/mês no segundo semestre; da Covax Facility são 42,5 milhões de doses e, em negociação, de 70 milhões de doses com a Pfizer.

São propostas quatro fases para vacinação da população-alvo prioritária, sendo o público previsto, inicialmente, os profissionais de saúde, os idosos, os indígenas, os portadores de comorbidades, os professores e forças de segurança. Ficou de fora a população ribeirinha, os quilombolas e os privados de liberdade.

Em função da pandemia, foi necessária a introdução de novas vacinas de forma acelerada, usando novas tecnologias de produção e que serão administradas em milhões de indivíduos, podendo haver um aumento no número de notificações de eventos adversos pós-vacinação. Assim, torna-se necessário o fortalecimento dos sistemas de vigilância epidemiológica e sanitária no Brasil, em especial no manejo, identificação, notificação e investigação de eventos adversos por profissionais da saúde.

Como as vacinas em fase 3 de testes não previram alguns grupos específicos, ficam impedidas de utilizarem o imunizante, a princípio, menores de 18 anos; gestantes e pessoas que apresentaram uma reação anafilática confirmada a qualquer componente da referida vacina.

É imprescindível conhecimento prévio das características técnicas das vacinas, quanto à quantidade de doses necessárias a imunização, condições específicas de armazenamento e organização da logística com os vários tipos de vacinas.

É importante que todos os farmacêuticos, atuantes ou não no SUS, estejam preparados para orientar a população sobre os protocolos a serem seguidos de acordo com o plano de vacinação e, principalmente, participem ativamente da farmacovigilância monitorando os pacientes, identificando e notificando às autoridades sanitárias as possíveis reações adversas.

Conheça o Plano

 







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