Todo farmacêutico tem uma história de amor para contar e hoje quem nos conta uma é a farmacêutica Maronne Quadros Antunes.
Ao longo da profissão, ela coleciona inúmeras histórias e relatos colhidos durante os seus atendimentos. Os seus pacientes caminhoneiros a chamam de “Dra. Anjo”.
Suas histórias dariam um livro, mas, entre tantas, ela nos contou emocionada sobre a atitude de um paciente, que chegou a ajoelhar na sua frente e a beijar as suas duas mãos. Isso aconteceu após um atendimento no hospital onde ela estava com uma equipe de alunos, que foram convidados para avaliar a medicação que os pacientes tomavam.
“Abordei um paciente hipertenso e que tomava Propranolol. Perguntei se ele sentia alguma coisa ao tomar o medicamento, e se o medicamento mudou a vida dele. Por ser um senhor de mais de 60 anos, tentei saber se ele estava com problema sexual, por causa do medicamento.
Naquele momento, ele não falou e eu não entrei em detalhes para não constrangê-lo. Ele saiu da sala e em poucos minutos voltou e perguntou: doutora posso novamente conversar com a senhora? -Eu fiquei pensando numa coisa que já tem anos que vem afetando o meu casamento. A minha esposa é 21 anos mais nova do que eu e eu sempre fui um homem forte. Mas, de uns tempos pra cá eu não tô dando mais nada e evito ir dormir no mesmo horário que ela.
Disse a ele que faria o encaminhamento para o médico dele, sugerindo a alteração do medicamento de pressão e pedi que voltasse depois de um mês. Ele voltou em menos de 15 dias, com outro semblante. Chegou e ajoelhou na minha frente, pegou as minhas mãos e as beijava de um lado e de outro e falava: Deus te abençoe, muito obrigada! Eu voltei a ser o que eu era antes. Eu voltei a ser homem!
Só de contar me emociono. Aquela cena marcou a minha vida e naquele momento essa situação somente confirmou o que eu sempre quis ser: Farmacêutica Clínica”.
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